No Brasil colonial, as capitanias hereditárias foram criadas para o desenvolvimento econômico e administrativo do território. A partir de 1534, quando o rei de Portugal, D. João III, concedeu ao seu irmão, o Duque de Viseu, as capitanias hereditárias, a administração do Brasil passou para as mãos dos colonos portugueses.
A divisão administrativa das capitanias hereditárias foi realizada pelo rei D. João III, que concedeu terras aos portugueses que se comprometeram a colonizar e desenvolver o território. Estas terras foram divididas em Capitanias Hereditárias, que eram regiões administrativas governadas por capitães-donatários, nomeados pelo rei e que tinham o direito de hereditar o cargo para seus herdeiros.
Cada capitão-donatário tinha a responsabilidade de administrar a sua capitania de acordo com as leis e costumes portugueses, e de promover o desenvolvimento econômico da região. Para isso, os capitães-donatários tinham a responsabilidade de desenvolver o comércio, incentivar a agricultura, estimular a criação de gado, organizar a produção de açúcar, explorar minas e atrair mão de obra.
Os capitães-donatários também eram responsáveis pela administração de justiça em suas capitanias, pois eram nomeados governadores das capitanias e tinham o direito de julgar e punir os infratores. Também eram responsáveis por arrecadar impostos, vigiar e manter a ordem publica e defender a capitania de invasões de outros povos.
Além dos capitães-donatários, as capitanias hereditárias eram administradas por funcionários como vereadores, juízes, alcaides, fazendeiros e outros. Esses funcionários trabalhavam em conjunto com o capitão-donatário para o desenvolvimento da capitania.
Com o passar do tempo, as capitanias hereditárias foram perdendo importância como resultado da crescente centralização do poder e da criação de novas formas de administração. No entanto, as capitanias hereditárias ainda são um importante marco na história do Brasil, pois foram responsáveis pelo desenvolvimento econômico e administrativo do território durante a colonização portuguesa.